O filme A Mulher da Janela dirigido e roteirizado por Diego Rossi será exibido em seminário que tratará da construção narrativa cinematográfica. O seminário ocorrerá na cidade de Toulouse, França em Janeiro de 2012.
TRAILER DO FILME A MULHER DA JANELA DE 2009
Para a realização dos filmes tínhamos apoio de colaboradores e da Prefeitura. São filmes de baixíssimo custo. O projeto constituía em apresentar aos jovens “o que é cinema e como se faz cinema” através de uma forma mais descontraído porém aprofundada. Sempre fui um apaixonado por cinema e neste projeto trabalhei dois segmentos mais precisamente: Cinema Comercial e Cinema Arte. Cada produção eu transformava em uma oficina na pratica. O enfoque durante as filmagens era a arte ( criatividade ) em questão, principalmente sobre “ a arte e o experimento nas produções cinematográficas”. Confesso que no inicio fiquei surpreso com a idéia que os participantes faziam de como se faz um filme. Percebi que pra eles tudo tinha que ser verdade, não se passava na cabeça deles, que um filme é um quebra-cabeça a ser montado, que tudo é uma ilusão maravilhosa.
A Mulher da Janela foi o penúltimo filme do projeto. A premissa da história nasceu de uma conversa em uma das reuniões que fazíamos. Nesta reunião conversávamos sobre lendas urbanas e de repente criamos apenas a base de uma “lenda urbana inédita”. Após isso eu dei continuidade na história e montei o roteiro. Fizemos o filme em 3 meses. Foi o filme onde tive que dirigir na maior parte das cenas um número maior de atores e técnicos ( todos participantes da oficina ), isso fez com que eles aprendessem e adquirissem um senso - critico a respeito da continuidade de um filme ( podem perceber que há muitos erros de continuidade ), pois filmamos durante várias noites uma mesma sequencia. Foi uma realização bem democrático também, todos opinaram sobre as cenas na medida do possível. O que chama a atenção da obra são os minutos que antecedem a abertura e a própria abertura tanto na sua forma como no conteúdo. A construção da narrativa e a popularidade do filme no município também é algo a ser destacado.
A lenda nunca existiu em Timburi apesar de haver várias histórias assombrosas de domínio popular. Eu tive a idéia de inserir no filme um “falso documentário” para dar um pouco mais de realismo. A história do filme não tem vinculo algum com histórias de fantasma da cidade, nem mesmo a casa tem fama de assombrada realmente. Na verdade eu apenas usei a fachada da casa mostrada no filme, mas para demonstrar seu interior eu usei 4 locações diferentes para transmitir a sensação de abandono e dimensão.
Diego Rossi
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