DICAS - Filmes


O fim que é o começo 
daquilo que imaginaremos

Há filmes que acabam incertos, inconclusivos, que exigem do telespectador imaginar o destino dos personagens ou a compreensão de que a essência da obra é muito maior do que a busca por um desfecho convencional e novelesco. Entenda que um filme pode ser espelho da vida, uma passagem visual de vidas alheias onde somos platéia mas que interagimos a medida em que nos sensibilizamos e refletimos a respeito da história; e só conseguimos tal proeza quando a obra nos conduz a essa viagem onde a entendemos como realidade fragmentada e exposta, dessa forma não esperamos mais do que um instante de uma vida enquadrada pelo cinema. Como a vida que sempre continua, um filme também pode sempre continuar em nossas mentes.
Abaixo algumas indicações de belos filmes para quem busca reflexão e FINAIS AMBÍGUOS. 
por Diego Rossi

Existem muitos filmes interessantíssimos de finais abertos desde do cinema francês da década de 60 até o presente instante. Quem se lembrar de algum filme que se encaixe neste gênero fale com a gente em diegodirossi@hotmail.com



Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud) é o filho negligenciado de Gilberte Doinel (Claire Maurier), que parece ter tempo para tudo menos o bem-estar da criança. Julien Doinel (Albert Rémy) não é o pai biológico, mas cria o menino como se fosse seu filho. Gilberte está tendo um caso e não se surpreende quando, por acaso, Julien fica sabendo que Antoine não está indo à aula, pois ela sabia que na hora do colégio o filho a tinha visto com seu amante. A situação se agrava quando Antoine, para justificar sua ausência no colégio diz que sua mãe morreu. Quando seus pais aparecem na escola, a verdade é descoberta e Julien o esbofeteia na frente de seus colegas. Após isto ele foge de casa e arruma um lugar para dormir. Paralelamente seus pais culpam um ao outro pelo comportamento dele, após lerem a carta na qual ele se despede. No outro dia Antoine vai à escola normalmente. Lá sua mãe o encontra e se mostra preocupada por ele ter passado a noite em uma gráfica. Ela alegremente o aceita de volta, mas os problemas não acabam. Antoine se desentende com um professor, que o acusa de plagiar Balzac. Como ele não gosta da escola, sai de casa de novo e para viver é obrigado a fazer pequenos roubos.



Desde a "Aurora do Homem" (a pré-história), um misterioso monolito negro parece emitir sinais de outra civilização interferindo no nosso planeta. Quatro milhões de anos depois, no século XXI, uma equipe de astronautas liderados pelo experiente David Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood) é enviada à Júpiter para investigar o enigmático monolito na nave Discovery, totalmente controlada pelo computador HAL 9000. Entretanto, no meio da viagem HAL entra em pane e tenta assumir o controle da nave, eliminando um a um os tripulantes.


Texas, década de 80. Um traficante de drogas é encontrado no deserto por um caçador pouco esperto, Llewelyn Moss (Josh Brolin), que pega uma valise cheia de dinheiro mesmo sabendo que em breve alguém irá procurá-lo devido a isso. Logo Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino psicótico sem senso de humor e piedade, é enviado em seu encalço. Porém para alcançar Moss ele precisará passar pelo xerife local, Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones).


Lars Lindstrom (Ryan Gosling) é um homem tímido e introvertido, que vive na garagem de seu irmão mais velho, Gus (Paul Schneider), e sua cunhada Karin (Emily Mortimer). Lars apenas acompanha o desenrolar de sua vida, sem se mexer para algo. Até que um dia ele encontra Bianca, uma missionária religiosa, através da internet. O problema é que para as pessoas Bianca não é alguém real, mas a réplica de uma mulher, feita de silicone. Só que Lars acredita piamente que ela é um ser humano, o que faz com que se torne seu apoio emocional. Preocupados, Gus e Karin decidem procurar o conselho de uma psicóloga, que recomenda que concordem com Lars enquanto ele lida com seus problemas pessoais.






 A comerciante de arte Madeleine (Embeth Davidtz) bate os olhos em George Johnsten (Alessandro Nivola) em uma noite de venda de obras de arte de um artista “visionário” descoberto por ela e, de maneira involuntária, fica fascinada por ele. Achando George  irresistível, Madeleine começa, naquela noite, uma relação que terminará, pouco depois, em casamento. Perto de completarem seis meses deste matrimônio, Madeleine e George viajam de Chicago, onde moram, até a Carolina do Norte com dois objetivos: o principal, para que Madeleine negocie uma exposição com o artista David Wark (Frank Hoyt Taylor) e, como razão secundária, para que o casal visite a família de George. O choque cultural entre Madeleine, uma filha de diplomata que foi criada em diferentes países e que tem uma visão cosmopolita e culta do mundo e a família do marido, uma representante típica da classe média do Sul dos Estados Unidos, acaba sendo inevitável.



Em um mundo onde é possível entrar na mente humana, Cobb (Leonardo DiCaprio) está entre os melhores na arte de roubar segredos valiosos do inconsciente, durante o estado de sono. Além disto ele é um fugitivo, pois está impedido de retornar aos Estados Unidos devido à morte de Mal (Marion Cotillard). Desesperado para rever seus filhos, Cobb aceita a ousada missão proposta por Saito (Ken Watanabe), um empresário japonês: entrar na mente de Richard Fischer (Cillian Murphy), o herdeiro de um império econômico, e plantar a ideia de desmembrá-lo. Para realizar este feito ele conta com a ajuda do parceiro Arthur (Joseph Gordon-Levitt), a inexperiente arquiteta de sonhos Ariadne (Ellen Page) e Eames (Tom Hardy), que consegue se disfarçar de forma precisa no mundo dos sonhos.



 Pacato vendedor de seguros (Jim Carrey) tem sua vida virada de cabeça para baixo quando descobre que o astro, desde que nasceu, de um show de televisão dedicado a acompanhar todos os passos de sua existência.


 Adam Sandler, Don Cheadle, Jada Pinkett Smith e Liv Tyler estrelam nessa emocionante história sobre Charlie Fineman (Sndler) que entrou em depressão logo após a morte de usa esposa e filhos. A vida de Charlie melhora muito depois de reencontrar por acaso um antigo amigo de faculdade, Alan Johnson (Cheadle), cja vida está dividida entre o trabalho e a família. O reencontro dos amigos fortaleceu o antigo e esquecido vínculo de amizade e os dois passaram a viver melhor emocionalmente. Bill Zwecker da TV-CBS consagra Reine Sobre Mim como "Um Filme Verdadeiramente Brilhante".



 Don Johnston (Bill Murray) é um solteirão convicto, que terminou recentemente mais um namoro. Repentinamente ele recebe uma carta cor-de-rosa, que diz que ele possui um filho de 19 anos. Surpreso e curioso, Don decide então partir pelos Estados Unidos em busca do 
filho desconhecido.



John (John C. Reilly) é um homem divorciado cuja vida social está estagnada. Incentivado por sua ex esposa Jamie (Catherine Keener), ele vai a uma festa e lá conhece Molly (Marisa Tomei), por quem se apaixona perdidamente. Só que ela aparenta esconder algo, o que faz com que jamais John visite sua casa. Um dia ele a segue e descobre o motivo de tanto segredo: Cyrus (Jonah Hill), seu filho de 21 anos que tem uma relação não convencional com a mãe. Tentando protegê-la e sem a menor vontade de dividi-la com outra pessoa, logo Cyrus entra em conflito com John pela atenção de Molly.




 Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) formavam um casal que durante anos tentaram fazer com que o relacionamento entre ambos desse certo. Desiludida com o fracasso, Clementine decide esquecer Joel para sempre e, para tanto, aceita se submeter a um tratamento experimental, que retira de sua memória os momentos vividos com ele. Após saber de sua atitude Joel entra em depressão, frustrado por ainda estar apaixonado por alguém que quer esquecê-lo. Decidido a superar a questão, Joel também se submete ao tratamento experimental. Porém ele acaba desistindo de tentar esquecê-la e começa a encaixar Clementine em momentos de sua memória os quais ela não participa.


Eddie Morra (Bradley Cooper) sofre de bloqueio de escritor. Um dia, ele reencontra na rua seu ex-cunhado, Vernon (Johnny Whitworth), que lhe apresenta um remédio revolucionário que permite o uso de 100% da capacidade cerebral. O efeito é imediato em Eddie, pois ele passa a se lembrar de tudo que já leu, ouviu ou viu em sua vida. A partir de então ele consegue aprender outras línguas, fazer cálculos complicados e escrever muito rapidamente, mas para manter este ritmo precisa tomar o remédio todo dia. Seu desempenho chama a atenção do empresário Carl Van Loon (Robert De Niro), que resolve contar com sua ajuda para fechar um dos maiores negócios da história.



Becca (Nicole Kidman) e Howie Corbett (Aaron Eckhart) formavam uma família feliz, mas suas vidas viraram do avesso após a morte do filho, Danny (Phoenix List), num acidente de carro. Depois de largar a carreira de executiva para virar dona de casa, ela tenta redefinir sua vida se cercando dos familiares e pessoas bem intencionadas para ajudar a superar a dor da perda. Enquanto dá início a uma "estranha" amizade com o jovem Jason (Miles Teller), motorista do carro no fatídico acidente, seu marido mergulha no passado, buscando apoio em estranhos que poderiam oferecer algo que a esposa não consegue. Assim, perdidos em seu sofrimento, os Corbett fazem escolhas surpreendentes para seu futuro.


fonte das sinopses: ADORO CINEMA







ALÉM DA LINHA VERMELHA

  OBRA-PRIMA DE TERRENCE MALICK, diretor de A Árvore da Vida

Existe uma lista considerável de filmes inesquecíveis armazenada em minha mente. Além da Linha Vermelha de Terrence Malick ( diretor do premiado A Árvore da Vida com Brad Pitt no elenco ( sábia escolha Brad! ) é um desses filmes, pode não ocupar as primeiras posições desta lista particular, mas é um filme incrível. Talvez o único filme que utilizou-se de forma e conteúdo peculiar para  retratar alguns conflitos vividos por soldados na Segunda Guerra Mundial mais precisamente no Pacifico e expor as guerras internas travadas pelos soldados em meio ao terrível e infernal cenário de uma guerra. A narrativa é poética, as imagens são poesias em movimento, metáforas visuais se espalham pelo filme aprofundando os questionamentos e reflexões, ignorando sabiamente qualquer sentimento de patriotismo e heroísmo que pudesse transformar a trama em uma obra comum e presunçosa. Malick nos convida a vermos a guerra de outra forma,  revela  sentimentos opostos, soldados de coração completamente escurecido se misturam àqueles que ainda cultivam um coração pulsante, vivo, capaz de perceber as belezas e sutilezas ao seu redor; capaz de encontrar uma paz...é...a paz está lá e parece que um dos soldados a encontra mesmo que seja algo fugaz, mesmo que os companheiros descrentes e de almas enrijecidas inevitavelmente isentos de qualquer perspectiva relacionada a vida, vivenciem apenas o temor da morte e a sua propagação fria e sem escolhas.   O filme é sobre a vida que nasce da pedra, sobre a guerra intima de cada soldado em meio ao inferno e incoerência da guerra.  Um filme intimista, belo e  lírico,  contestador e que nos indaga a todo instante  a respeito do sentido de tudo isso.

POR DIEGO ROSSI


SUPER 8
UMA VIAGEM NO TEMPO E UMA BELISSIMA E 
MERECIDA HOMENAGEM A STEVEN SPIELBERG

Referência até no cartaz


Toda vez que vejo obras de mesmo enredo, tento deixar de lado todos os clichês utilizados e refletir sobre o que está implícito e explicito neste gênero de filmes. Reflito sobre o ser humano e a sua triste e habitual mania de aprisionar tudo o que é livre e estranho baseado em seus conceitos e egocentrismo;  as relações familiares; o sentimento de culpa, perda e solidão; o alcoolismo como fuga de uma realidade sofrível, e por fim a importância da família e da lealdade entre amigos. Super 8 tem tudo isso, mas torna-se interessante principalmente pela referência ( e são muitas, prestem atenção ) ao filmes de Steven Spielberg que produziu e permitiu ao diretor J.J. Abrams rodar o filme. E.T. ( praticamente no filme todo ), Contatos Imediatos do Terceiro Grau ( para quem já assistiu percebam o reflexo de luz azulada na câmera ), Jurassic Park ( a sequencia do ataque ao ônibus ), Os Goonies ( sequencia da caverna ), Guerra dos Mundos e até mesmo o sentimentalismo muitas vezes difícil de engolir de Spielberg estão presentes no filme que não só apresenta uma história que ocorre em 1979, mas como utiliza-se de todos os ingredientes para recriar um típico e agradável filme que acostumávamos a assistir ( Conta Comigo, História Sem Fim, Gremlins, Quero Ser Grande, Inimigo Meu e tantos outros ) e denominar “sessão da tarde”. Para cinéfilos como eu, analisando os planos sequências, fotografia, trilha sonora, figurino, construção de personagens, não tem como não lembrar dos grandes filmes de Steven Spielberg. J.J.Abrams sacia nossa saudade de uma época onde filmes não precisavam ser saturados de efeitos especiais e violência. A gente aguardava nos filmes com certa impaciência a aparição de algo impactante, e essa espera era mágica e única. Hoje, dificilmente vejo magia nos filmes de Hollywood ( Avatar não conseguiu em momento algum me cativar e emocionar ) e apesar de Super 8 estar inserido nesta era cinematográfica, a homenagem é positiva e até certo ponto ao meu ver crítica aos moldes do cinema de aventura dos dias de hoje. Eu diria que é o primeiro Remake de um estilo cinematográfico que não era “Arte” com “A” maiúsculo, diga-se de passagem, sabemos que era um grande negócio, muito rentável, mas que carregava consigo uma magia e uma proximidade maior com o “artesanal”. Podem me chamar de saudosista, porém quem ama o cinema sabe que há mais do que saudosismo. Super 8 de J.J. Abrams torna-se então um filme original ( é isso mesmo, original, mesmo que tudo já tenha sido feito ) e agradável para todas as gerações, mas que se aproxima e diz mais para aqueles que podem ler a homenagem e desfrutar de uma viajem no tempo.

Não deixem de assistir os créditos finais, o curta realizado em super 8 pelo grupo de amigos é apresentado na integra. Vale a pena!


por Diego Rossi

Ter a consciência da incapacidade das pessoas de compreender umas as outras já é um começo ( e um bom e raro começo diga-se de passagem ), é como espatifar o espelho que reflete nosso equivocado sentimento de superioridade. Essa consciência nos permite enxergar pequenos detalhes ilógicos e mentirosos impregnados nas palavras encardidas de ignorância que ecoam e promovem a desumanidade nos "points" da nossa vida. Há tanta beleza para se ver na aparente feiúra; há tanta mansidão na aparente brutalidade; há tanta tristeza na aparente alegria; tanta solidão na aparente felicidade; tanta sabedoria na aparente ignorância; tanto de nós por debaixo de uma pele, enfim, há tantas coisas por trás das coisas que é preciso saber ver com o coração e amar a singularidade humana. Lembrar que se encontra lá no fundo um coração no superficial que os olhos míopes quase cegos enxergam. Existem longas estradas percorridas que ficaram para trás e que nos transformaram e nos transformarão durante as fases da vida, diferente de um robô que é programada, inicializado e reinicializado. Como podemos então julgar e condenar o outro pelo que vemos sem compreende-lo verdadeiramente? Se somos incapazes de penetrar a complexidade humana? Mas tudo toma outra posição quando temos a consciência plena dessa verdade e descobrimos a capacidade de se permitir viver o sentimento do outro, sem atitudes imponderadas e preconceituosas que só servem para segregar e nos dar a ilusão de superioridade quando é justamente o contrário, é a real inferioridade. E então? Se tens a consciência só falta cultivar a humanidade no coração.

ABAIXO DICAS DE FILMES REFERENTES AO TEXTO














Romances Palpáveis

Sempre achei que os filmes românticos que retratam relações convincentes e mais próximas da realidade possuem uma beleza e encantamento únicos, embora o grande público busque  consciente ou inconscientemente algo irreal, fantasioso e absurdo, que alimente o desejo de viver algo parecido ou a possibilidade de escape de uma rotina tediosa. Pode ser legal também, pois essa busca é otimista e necessária, mas acho construtivo apreciarmos uma obra onde o romance enredado é inteligente, plausível e que fala e se aproxima através de diferentes linguagens das nossas relações. Eu sei que é difícil, e não muito prazeroso vermos o que já vivemos, buscarmos o entretenimento e de repente encontrarmos algo doloroso ou alegremente palpável. Enfim, como já dizia o cubista Pablo Picasso, “ A arte é a mentira que nos faz compreender a verdade”. Abaixo listei alguns romances que demonstram muita originalidade e maturidade em vários aspectos...como direção...roteiro...e elenco.

por Diego Rossi
















COEN PARA POUCOS


Os Irmãos Joel e Ethan Coen são originalíssimo em seus longas, sabem dirigir com maestria o elenco a ponto de conseguirem transformar atores consagrados em personagens impensáveis, ( ver Queime Depois de Ler ). Humor negro, ironia e diversas citações e referências (  ver o primeiro grande filme da dupla Barton Fink – Delírios de Hollywood ) são fortes características de seus filmes como também a exposição da natureza humana no seu gênero mais ridículo e violento  (ver o assustador Javier Bardem na obra-prima Onde os Fracos Não Tem Vez ). São responsáveis por um estilo muito autoral e que rapidamente identificamos em seus filmes. Os personagens são gananciosos, as tramas os levam muitas vezes a um final onde  se colidem em consequência de uma série de mal entendidos e sucessão de erros ( ver Fargo – Uma Comédia de Erros ). O ritmo lembra os filmes “Noir” ( ver O Homem Que Não Estava Lá e reparar na excelentefotografia em preto e branco ), a trilha sonora que inicia-se nostálgica aos poucos como um gigante desperto torna-se feroz e impactante  ( ver Bravura Indômita  ) e os trejeitos dos personagens quase sempre caricatos definindo “um jeito Coen de atuar” ( ver “E ai meu irmão cadê você? )  fazem dos irmãos, donos de uma cinematografia elogiável,  mas para poucos. 

Filme dos irmãos Coen é como um copo de água que aos poucos vai 
enchendo até transbordar e inundar tudo que estiver ao seu redor.

por Diego Rossi



PREMIAÇÕES

Gosto de Sangue ( 1984 ) - Melhor direção Festival de Sundance e Independent Spirit Awards

Barton Fink ( 1991 ) - Palma de Ouro do Festival de Cannes

Fargo ( 1996 ) - Melhor direção Festival de Cannes e 5 indicações ao Oscar incluindo melhor filme e direção

Onde Os Fracos Não Têm Vez ( 2007 ) Vencedor de 4 Oscar incluindo Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Roteiro Adaptado