terça-feira, 9 de agosto de 2011

Prosas Tupiniquim

UM CAUSO PARA SE TRADUZIR


Penso cá com meus botões que nos idos do tempo do zagaia esse causo sucedeu. Um mancebo, com suas madeixas loiras,pachorrento, sempre taciturno, aparência tênue, incólume de qualquer nódoa, quase uma sumidade naquele logradouro com tanto aranzel, sempre um tropel danado além das quantas, mas que afeiçoando um logradouro belicoso, era parco na balbúrdia e frugal. Pois bem, não é que o mancebo num desatino, num dia de veneta, endoidou-se e tornou-se pacóvio, insolente, pérfido, e com a feição rubicunda, num alarido admoestou um outro mancebo fleumático, mas pedante e ignóbil, que na certa jamais um pederasta, apenas um pândego, reagiu a irrupção permutando esbofeteadas as tantas. Sem engodar e para fenecimento do causo, os dois mancebos foram trincafiados num recôndito e enquanto não tergiversar um ao outro lá jazem mesmo com plissado.  

Almir Minozi




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