quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Escuta, esqueça-me


Cena do filme "500 Dias Com Ela"

Falemos a verdade e sejamos adultos, por um instante, que seja. 
Sempre fui assim, complicado e súbito, você sabe. Levantei-me 
logo pela manhã seguinte e deitei novamente com a mão esquerda 
apoiando a cabeça e respirei bem fundo. A gente precisa parar de se ver.

Não foi porque aconteceu, mas como aconteceu. Estou indagando o que é 
ou não veraz. Ouvi dizer á um tempo atrás que uma mentira fazem todas 
as verdades parecerem falsas, sim, agora sei que é verdade.


Não quero olhar isso tudo pela janela, eu quero estar lá fora, sentir a chuva, 
sem você. Não me entenda mal, apenas não posso estar com quem não confio, 
com quem não me sinto seguro, sentindo-me equivocado o tempo inteiro.
 Olha pra mim, agora. Deixa disso, deve haver lá fora outros como eu ou melhores ainda.

Basta de promessas. Pare de tentar me convencer, já estou convencido e em meio 
às minhas certezas não se encontra você. Posso até estar sozinho, mas sei muito bem 
onde estou. Não vou ficar com alguém porque preciso de alguém, porque todos desejam,
 porque você quer, porque você acha que devemos. Escute, esqueça-me.

Vira logo a página ou troca o livro de vez. Essa história é entediante e os personagens 
não convencem. Tinha tudo para ser legal, eu sei, fui eu quem escrevi, o começo foi 
muito promissor. Acontece que me tomaram a caneta e escreveram de modo dissimulado, 
empurrando a história adiante, não se escreve um livro da noite pro dia porque põe em 
risco a qualidade de seu conteúdo. Eu sei, sempre tive esse “defeito” de querer as coisas 
restritamente ao meu modo. Do meu ponto de vista, não é um defeito.

Perdoar parece mais fácil quando vem de outrem, partindo de nós não é tão simples, 
não é bem assim que as coisas funcionam. Ah, tem aquela musica cantada pelo Chris Martin,
 aquela, sabe?“When you try your best, but you don’t succeed..”, assim que começa, 
aquela que eu cantava pra você, lembra? É, eu associei-a outra garota, desculpa. 
Eu sempre relaciono diretamente musicas a garotas, tem tudo haver.

Sim, tínhamos química, mas só química não é suficiente, não agora. O sexo era bom, 
definitivamente, o problema estava depois. Estava tudo ótimo, bem clichê, mas perfeitamente
 romântico. Você lá, deitada, cabeça apoiada no meu peito e eu perdido em pensamentos, 
quando percebi que não sabia quem era você.

Vamos ficar bem, sim, a gente sempre fica. 
Você gosta de mim, não tenho dúvidas, porém esse 
seu gostar é nocivo, já me causou mal o suficiente. Aqui acaba.
 Vou voltar para minha vida, 
para os meus romances policiais, aquela série que passa na 
TV a cabo. Vou tomar café, ir com 
os amigos a um Pub, ter alguns encontros, conhecer uma garota. 
Vai você também, a gente 
consegue viver um sem o outro.

Não precisamos de outra chance, não precisamos passar por isso tudo novamente. 
Quantas paixões você precisa viver pra aprender quando o fim chega? 
É finito, ponto. Não daríamos certo, 
mesmo que quiséssemos. Sei que é sacanagem terminar dizendo isso, 
mas eu não sei fazer de 
outra forma. A culpa não foi sua, não é nada com você, o problema sou eu e 
minhas limitações pessoais, desculpa.


Yuri Rodrigues

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

eu sei que está aí

aonde estará o amor em você?
em algum sótão escuro e empoeirado?

vá procurá-lo entre teias e ratos
dentro de caixas de papelão
entre coisas envelhecidas

esta lá
eu sei
em algum lugar dentro do seu coração

Diego Rossi

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Filme timburiense participará de seminário na França

O filme A Mulher da Janela dirigido e roteirizado por Diego Rossi será exibido em seminário que tratará da construção narrativa cinematográfica. O seminário ocorrerá na cidade de Toulouse, França em Janeiro de 2012. 

TRAILER DO FILME A MULHER DA JANELA DE 2009

Para a realização dos filmes tínhamos apoio de colaboradores e da Prefeitura. São filmes de baixíssimo custo. O projeto constituía em apresentar  aos jovens “o que é cinema e como se faz cinema” através de uma forma mais descontraído porém aprofundada. Sempre fui um apaixonado por cinema e neste projeto trabalhei dois segmentos mais precisamente: Cinema Comercial e Cinema Arte. Cada produção eu transformava em uma oficina na pratica. O enfoque durante as filmagens era a arte ( criatividade ) em questão, principalmente sobre “ a arte e o experimento nas produções cinematográficas”. Confesso que no inicio fiquei surpreso com a idéia que os participantes faziam de como se faz um filme. Percebi que pra eles tudo tinha que ser verdade, não se passava na cabeça deles, que um filme é um quebra-cabeça a ser montado, que tudo é uma ilusão maravilhosa.

A Mulher da Janela foi o penúltimo filme do projeto. A premissa da história nasceu de uma conversa em uma das reuniões que fazíamos. Nesta reunião conversávamos sobre lendas urbanas e de repente criamos apenas a base de uma “lenda urbana inédita”. Após isso eu dei continuidade na história e montei o roteiro.  Fizemos o filme em 3 meses. Foi o filme onde tive que dirigir na maior parte das cenas um número maior de atores e técnicos ( todos participantes da oficina ), isso fez com que eles aprendessem e adquirissem um senso - critico a respeito da continuidade de um filme ( podem perceber que há muitos erros de continuidade ), pois filmamos durante várias noites uma mesma sequencia. Foi uma realização bem democrático também, todos opinaram sobre as cenas na medida do possível. O que chama a atenção da obra são os minutos que antecedem a abertura e a própria abertura tanto na sua forma como no conteúdo. A construção da narrativa e a popularidade do filme no município também é algo a ser destacado.

A lenda nunca existiu em Timburi apesar de haver várias histórias assombrosas de domínio popular. Eu tive a idéia de inserir no filme um “falso documentário” para dar um pouco mais de realismo. A história do filme não tem vinculo algum com histórias de fantasma da cidade, nem mesmo a casa tem fama de assombrada realmente. Na verdade eu apenas usei a fachada da casa mostrada no filme, mas para demonstrar seu interior eu usei 4 locações diferentes para transmitir a sensação de abandono e dimensão.

Diego Rossi

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ABAIXO AOS “MAS”

Já notaram que muitas pessoas na tentativa de elogiar alguém rapidamente inserem na mesma frase o “mas” obtendo assim uma critica negativa disfarçada de um elogio. De que adianta apontar uma característica positiva se logo em seguida apresentamos um ponto fraco daquela pessoa. E isso não se trata de antítese complementar que esta sem duvida presente na condição humana e um bem mais que necessário para o equilíbrio das coisas. Mas falar desta forma não é elogiar...é apenas criticar...por que o ser humano tem a tendência de potencializar as falhas alheias e não os acertos. Algumas pessoas agem naturalmente e condicionadas não percebem o quanto é desnecessário se expressar dessa forma já que é óbvio que cada um de nós temos um “mas”. Vamos então tentar abolir os ”mas” quando avistamos e enaltecemos a beleza de cada ser. Vale a pena falar apenas daquilo que a pessoa tem de melhor. Não acham?

Ele é muito divertido mas...
Ela é inteligente mas...
Ele é criativo mas...
Ela é sorridente mas...
Ele é carinhoso mas...
Ela é bondosa mas...
Ele é amoroso mas...
Ela é caridosa mas...
Ele é romântico mas...
Ela é talentosa mas...
Ele é autêntico mas...
Ela é generosa mas...

Diego Rossi

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

silêncio

            Sentados numa pedra a margem de um rio.

Qual é o sentido da vida?
Oi?
O sentido.
Silêncio.
Silêncio?
Faça silêncio amigo.

O silêncio permeou o ambiente por alguns minutos.

Sentiu?
Senti o que?
A brisa levando nossos pensamentos, o perfume da cerejeira que se encontra atrás de nós, o sol rabiscando o céu, a imponência das gigantescas montanhas, a sinfonia das águas do rio...
E o sentido?
Cheire isso.
O que é?
Folha de camélia, o vento trouxe até nós.
E o sentido?
Silêncio.
Silêncio?
Faça silêncio amigo.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Fragmentos de um livro esquecido

(...) somos únicos, unicamente belos, nem tão certos, nem tão errados, muito menos impecáveis, somos vida que deve gerar vida, somos fragmentos de uma humanidade, a conexão dos neurônios de um planeta que parece estar enlouquecido , que sofre a cada dia de incompreensão divina, e busca falsas soluções baseadas em interesses e omissões.

Diego Rossi

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fragmentos de um livro esquecido

(...) criticamos governos e países que buscam instalar a paz através de guerras baseadas em falsos argumentos, buscando apenas os interesses próprios.  Assim sendo não percebemos que muitas vezes em nosso lar, em nosso ambiente de trabalho, ou seja, em diversas circunstâncias, fazemos o mesmo, buscamos a paz promovendo guerra, apoderando-se da verdade relativa e arrogante. 

Diego Rossi 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Giovanna Gatti na TV RECORD


A artesã timburiense Giovanna Gatti participa do programa “Tudo A Ver Interior” da TV RECORD  ensinando a confeccionar uma linda guirlanda de anjos para porta de maternidade.



domingo, 11 de dezembro de 2011

OSVALDO ALVARENGA É CAMPEÃO DO ABERTO DE TENIS DE ASSIS ( ATC)

Osvaldo Alvarenga e Paulo Guilherme, ambos da cidade de Timburi, fizeram a final do tradicional ABERTO DE TENIS DE ASSIS - ATC categoria 15-16 A. Após vencer Tomas Santos ( Tupã ) por 7/5 e 7/6, depois Daniel Tomaz por 6/2 e 6/4 ( Timburi ), Osvaldo Alvarenga encontrou na final seu conterrâneo Paulo Guilherme que venceu na semi-final Valdomiro Escobar ( Assis) por 2 sets a 1 ( 7/5 – 2-6 – 10/5 ). Na final  Osvaldo Alvarenga tornou-se campeão ao vencer seu amigo por 2 sets a 0 ( 6/4 e 6/2 ). Assim os tenistas  encerram o ano com chave de ouro obtendo resultados expressivos nos torneios que participaram. Diego Rossi, Prefeitura e Câmara Municipal de Timburi parabenizam Daniel Tomaz, João Francisco, Paulo Guilherme e Osvaldo Alvarenga pelo ótimo desempenho nos torneios durante o ano.


 Diego Rossi ao lado do campeão 
Osvaldo Alvarenga com troféu em mãos

 Prefeito Paulinho ao lado do filho 
Paulo Guilherme, vice-campeão do torneio

 Primeira-Dama Leila a esquerda juntamente com os
 finalistas e ao lado direito da foto o organizador do evento Patioli

  Osvaldo Alvarenga derrotou Daniel Tomaz
na semi-final 

 Paulo Guilherme derrotou Valdomiro
2° do Ranking ATC  na semi-final

 João Francisco ( a esquerda ) derrotou Matheus Favaro
 de Piraju nas Oitavas-de-Final

Em jogo equilibrado, João Francisco ( a esquerda ) foi 
eliminado por Leonardo Zanchetta, n°2 do Ranking ATC

João Francisco jogou bem mas foi eliminado
nas quartas-de-final para o campeão da sua categoria 

Tomaz Santos ( Tupã) do lado esquerdo foi derrotado
por Osvaldo Alvarenga nas Quartas-de-Final 

Coordenador do Projeto e treinador Diego Rossi

Equipe de Timburi na entrada do Clube

Lindos troféus para todas as categorias

Final Timburiense : Paulo Guilherme vs. Osvaldo Alvarenga

Galera do Tenis curtindo o clube

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Paz

hoje pouca coisa quero
pouca coisa que é tudo
um colo
um carinho
um olhar que dispensa palavras
um sono nunca sentido antes
um sono fora do mundo

e silêncio

dormir...dormir...sonhar
e acordar como pluma
seguir o ritmo da vida
sem ler a partitura
apenas escutar a música

e silêncio

desfrutar os momentos de maneira mais calma
e assim ser todo alma
em tudo valsa

e silêncio

Diego Rossi

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Poesia

poesia
é criar asas
é voar nas graças das palavras, versos, estrofes
é remediar a azia do mundo
é gritar com mansidão
é harmonizar o caos
é som
é dom
é outro olhar
é expor A L M A  e  C O R A Ç Ã O pra quem faz uso
é o abstrato concreto
é compreensão elevada
é flor que nasce da pedra
é o que baila no ar

poesia é tudo aquilo que os olhos não vêm
mas que o espírito inquietante sente

poesia é vida viva

Diego Rossi

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

SENTIR

Algumas coisas me entristecem
É inevitável
É assim para todos
Mas algo que realmente me deixa triste e pensativo
É a tristeza dos outros

Acho que o meu olhar alcança naturalmente
Alguém que no meio de tantos
Estampa uma tristeza tocante



E eu tenho vontade apenas de conversar com essa pessoa
Qualquer assunto menos aquilo que não é da minha conta
Lembrar da sua beleza singular
De quanto é especial
De quanto é amada
De quanto é “linda”
Talvez uma das palavras mais presentes no meu vocabulário

Às vezes pouco conheço daquela que me parece triste
De repente posso estar enganado
Talvez meu olhar esteja triste
Mas meu coração esta sempre a bater mais forte e num compasso mais belo
Quando me abstenho do meu egoísmo e avisto apenas o ser
Quando sinto uma misteriosa necessidade de abraçar o irmão
E assim ficar... até a tempestade passar

Diego Rossi

domingo, 4 de dezembro de 2011

“O essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração” Saint Exupery

foto: Valter Ziantoni


Conta-se que certa vez que um Mestre descia por um caminho com seus discípulos. A margem do caminho estava um cadáver de um animal em decomposição. Um discípulo passou rápido e mal olhou o cadáver, pois sentia nojo. Outro até olhou, mas de longe, pois o fedia demais e ele quase vomitou. Outro resmungou, é apenas um cadáver em decomposição sem nenhum valor. O Mestre por sua vez, aproximou e disse: Olha que bons dentes ele tinha! (Conto Oriental).

Vivemos numa sociedade onde o que muitas vezes prevalece é a aparência. Assim como aquele cadáver estava ali jogado às margens da estrada, são marginalizadas tantas pessoas, estilo de vida, ideais, por serem julgados pela aparência. Saint Exupery nos ensina no Pequeno Príncipe a ter um olhar diferente. Patch Adams, no filme também nos mostra que um jaleco branco serve ao médico como também ao açougueiro.

Não nos cabe o julgamento de quem é melhor: branco ou negro, partido político X ou partido político Y, religião alfa ou beta, e sim ter um olhar além do previsível, sem se prender nas aparências. Vejam o exemplo de Jesus, que acolhia as prostitutas, ladrões, leprosos e sempre era julgado por isso pelos fariseus. Qual foi a resposta dele?

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Assim, também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” Mt 23,27-28

Somente teremos uma sociedade mais justa e solidária, que transformará o mundo com alteridade e gratuidade. A alteridade no respeito pelo jeito de ser diferente de cada um, sem se prender no julgamento de que é certo ou errado, mas dando ênfase ao que o outro tem de melhor e a gratuidade de doar inteiramente sem querer nada em troca. Mas a sociedade é feita de pessoas, eu estou incluída no meio. O que tenho feito? Pensemos nisso e tentemos aplicar isso em nossas vidas nas pequenas coisas de nosso dia-a-dia.

Almir







sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

DOM E CONDUTA

Reconhecer nossa deficiência e respeitar a alheia
Auto-valorizar nossa eficiência e reconhecer a alheia
Buscar no reconhecimento da deficiência a eficiência à espreita
E buscar na eficiência a objetividade de iluminar pelos caminhos que percorremos

Somos o complemento perfeito da eficiência e deficiência
Uma não exclui a outra
Cabem perfeitamente em cada um de nós

Diego Rossi