sábado, 11 de fevereiro de 2012

Cavalo de Guerra ( War Horse )



Cavalo de Guerra...filme sobre o cavalo Joey que em meio a Primeira Guerra Mundial transforma a vida de várias pessoas por onde passa. Um bicho estranho...como é mencionado por um soldado...mas de estranho mesmo não há nada no filme...como gostaria de ver algo de estranho nos filmes de Spielberg...algo novo. Um Spielberg renovado. Audacioso.  Já pensou ver um filme do diretor com um sentimentalismo na dose certa ( A Lista de Schindler ), ausência de constantes clichês ( Duel ) e principalmente uma revolução ( como Tubarão, Jurassic Park ).  Uma coisa devemos reconhecer, a universalidade dos filmes de Spielberg e o extremo talento de vender filmes que emocionam e instigam o imaginário do grande público. O cineasta é dono de uma cinematografia invejável ( no contexto comercial ) mas a mim chega a ser patético o acumulo de clichês e cenas de um sentimentalismo piegas nesta ultima obra mais precisamente , desde da música, dos enquadramentos até diálogos pseudo-profundos.  Porém é possível ver algo positivo e interessante no filme, na verdade esse é meu ângulo de visão na vida.  A obsessão do cineasta em criar personagens, sejam humanos, sejam animais ou até mesmo ETs que iniciam uma jornada em busca do retorno ao lar...valorização da família e a importância dos verdadeiros laços de amizade, mesmo que repetitivo, acho sempre virtudes importantes citadas em seus filmes. Porém neste filme, o cineasta fez de Cavalo de Guerra um doce daqueles bem doce mesmo, onde não aguentamos a metade. ( O que será que deu em Spielberg? ).  Há pouco para se ver neste que considero um dos piores trabalhos do mestre das bilheterias.    Difícil entender uma indicação ao Oscar 2012 na categoria de melhor filme. Com muito esforço cito algumas cenas bacanas, como o dialogo entre um soldado inglês e alemão na Terra de Ninguém quando ajudam o cavalo Joey a se desprender  de arames farpados, as sequencias de humor, e os minutos finais que tem uma bela fotografia como sempre de Janusz Kaminski. Agora o melhor de Spielberg nos últimos anos é um filme que ele produziu e que faz homenagem a ele próprio, chama-se Super 8, e esse filme sim deveria ser lembrado pela academia. Acho que o cineasta ficaria mais lisonjeado em ver um filme que o homenageia com originalidade ( algo que não se vê nos seus filmes recentes ) ser lembrado pela academia. Sei lá o que mais posso dizer, talvez “ um filme para toda a família”. Vai então. Um clichê para vocês leitores.

Diego Rossi


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