segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Lançamento de livro sobre a vida de Walde-Mar


LANÇAMENTO DO LIVRO
 " CONTANDO A ARTE DE WALDE-MAR"
 de Kimy Otsuka Stasevskas e Oscar D´Ambrosio 


Waldemar volta a Timburi para 
lançamento de livro sobre sua história



Em entrevista à Radio Paranapanema 
Walde-Mar fala sobre a emoção do retorno
 a sua terra natal para o lançamento de livro 
sobre sua história

 Prefeito Paulinho, Presidente da Câmara  Antonio Gil e Walde-Mar 

 Walde-Mar autografando livro ao lado da escritora Kimy 

Walde-Mar cercado por admiradores


Walde-Mar, um grande artista, 
um grande homem, um grande timburiense


Walde-Mar de Andrade e Silva (Timburi1933) é um ator, artista plástico, escritor e pesquisador brasileiro.Em 1966, cursou artes cênicas com o professor Eugênio Kusnet no Teatro Oficina em São Paulo. Interessa-se desde muito cedo pela etnologia, que irá permear toda sua produção artística e intelectual. Pesquisador da cultura indígena, viveu por vários anos com grupos étnicos no Parque Nacional do Xingu, com apoio dos irmãos Villas Bôas. Como escritor, publicou Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros, editado na Alemanha e no Japão.
No campo das artes visuais, a temática indígena e as paisagens naturais também servem de tema central ao seu trabalho. Possui obras em acervos de diversas instituições nacionais e internacionais, como o Museu de Antropologia da Universidade Estadual de Indiana, Museu de Antropologia da Universidade Estadual de Michigan, Museu de Arte Contemporânea de Skopje, entre outros.

Fundou o Centro de Informação da Cultura Indígena e, em 2005, criou o Museu do Índio de Embu, com objetos de interesse artístico, histórico e etnológico, angariados durante sua estadia no Parque Nacional do Xingu e em diversas visitas a grupos culturais indígenas das regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil.

A imagem do índio brasileiro é o grande tema das exposições individuais e coletivas realizadas na Europa, nos EUA e no Brasil pelo pintor Walde-Mar. Ele é também fundador do Museu do Indio, localizado no Embu, SP, único da Grande São Paulo sobre o assunto. Ali, conserva, pesquisa e expõe um acervo de mais de 500 peças das mais importantes etnias dos índios brasileiros.

A dedicação de Walde-Mar à causa indígena faz dele um artista diferenciado, seja pela temática seja pela forma como seu assunto aparece na pintura, marcada sempre por grande delicadeza, sensibilidade e profusão de cores, numa valorização da natureza e das lendas e costumes indígenas.


Kimy Otsuka Stasevskas


É graduada em Psicologia ( PUC-SP), mestre ( 1999) e doutora ( 2004 ) pela Faculdade de Sáude Pública/USP-SP. Suas principais pesquisas acadêmicas possuem uma perspectiva cultural, social e histórica e se encontram publicadas em www.teses.usp.br.
Já publicou trabalhos acadêmicos como autora e colaboradora. Atualmente, é professora universitária e diretora cultural do Museu do Índio.
Junto a etnias indígenas desenvolve trabalhos de intercâmbio, sensibilização e difusão, nacional e internacionalmente, com interesse no fortalecimento de diferentes culturas. Utiliza-se da abordagem cultural como ferramenta para o resgate da identidade, cidadania e enfrentamento do mundo moderno. Iniciou a pintura a óleo sobre tela e participou de exposição no Centro Empresarial de São Paulo.

imagens: Diego Rossi
fotos: Almir Minozi e João Francisco
fontes: Wickpedia e do livro " Contando a Arte de Walde-Mar"
agradecimentos à Walde-Mar e Kimy Otsuka por permitir a exposição de suas imagens
.

Walde-Mar fala sobre o caso Belo Monte


Entrevista com Walde-mar Andrade Silva, timburiense, artista plástico que viveu 8 anos no xingu com os indios e relata em suas obras a cultura indígena. Ninguém melhor que ele para falar com propriedade sobre o caso Belo Monte e suas consequencias. Ele acompanhou os irmãos Villas Boas nas expedições, inclusive trouxe Orlando Villas Boas a Timburi para palestra. Entrevista concedida em Timburi a Almir, do COMIDI de Ourinhos. 
Filmado por João Francisco e agradecimento a Diego Rossi pela colaboração.

Timburi, Uma Árvore de Muitas Histórias



O lançamento do livro "TIMBURI, UMA ÁRVORE DE MUITAS HISTÓRIAS" ocorreu na Câmara Municipal no dia 21 de agosto de 2010 às 10h, contando com a presença de diversas autoridades locais e da região. O autor é o jornalista e radialista Carlos Gati e a ilustração da capa do artista plástico Walde-Mar de Andrade e Silva. A obra relata a história política e social de Timburi.


Carlos Alberto Gati nasceu em Timburi em 24 de julho de 1946, interior de São Paulo. É jornalista e radialista. O rádio foi a sua paixão desde os tempos dos Serviços de Auto-falantes, onde iniciou sua carreira como locutor em 1966, na cidade vizinha Piraju. Foi um pulo para a Rádio Difusora dessa cidade para em seguida mudar-se definitivamente para a capital paulista e trabalhar na Rádio Difusora de São Paulo. Iniciou também o trabalho de revisor no jornal O Dia, até chegar à profissão de redator/repórter, descobrindo a sua nova paixão: escrever. Foi redator de revistas, dos jornais O Dia, Do Dia, Diário Popular, Diário da Noite e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Passou pelas rádios Record, Bandeirantes e Nove de Julho, como locutor, redator e editor e, finalmente, passou a exercer o cargo de assessor de imprensa, trabalhando na Prefeitura Municipal de São Paulo, Secretaria de Estado da Segurança Pública e Palácio do Governo. A Partir de 2007 dedicou-se inteiramente a escrever sobre a sua cidade: Timburi, uma árvore de muitas histórias.



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O dia que a terra parou na Fespinga

Observando nossa cidade nestes dias que antecedem a tão esperada Fespinga lembrei de uma música de Raul Seixas, O DIA QUE A TERRA PAROU. A música começa com um sonho do compositor, depois ele acorda...será? Não sei, mas também quero acordar logo, pois sinto que tudo está parado aqui até passar essa festa. Lembrando a letra da música comparemos um pouco com a nossa cidade respeitando as devidas proporções...

O empregado não saiu pro seu trabalho
Pois sabia que o patrão também não tava lá 
Dona de casa não saiu pra comprar pão 
Pois sabia que o padeiro também não tava lá 
E o guarda não saiu para prender 
Pois sabia que o ladrão também não tava lá 
E o ladrão não saiu para roubar 
Pois sabia que não ia ter onde gastar

E nas Igrejas nem um sino a badalar
Pois sabiam que os fiéis também não tavam lá 
E os fiéis não saíram pra rezar 
Pois sabiam que o padre também não tava lá 
E o aluno não saiu para estudar 
Pois sabia o professor também não tava lá 
E o professor não saiu pra lecionar 
Pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar

O comandante não saiu para o quartel
Pois sabia que o soldado também não tava lá 
E o soldado não saiu pra ir pra guerra 
Pois sabia que o inimigo também não tava lá 
E o paciente não saiu pra se tratar 
Pois sabia que o doutor também não tava lá 
E o doutor não saiu pra medicar 
Pois sabia que não tinha mais doença pra curar

Pois bem, tava todo mundo na Fespinga...até segunda-feira. Tudo parado e não é sonho.


Almir Minozi



terça-feira, 16 de agosto de 2011

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

SUPER 8

SUPER 8
UMA VIAGEM NO TEMPO E UMA BELISSIMA E 
MERECIDA HOMENAGEM A STEVEN SPIELBERG


Referência até no cartaz

Toda vez que vejo obras de mesmo enredo, tento deixar de lado todos os clichês utilizados e refletir sobre o que está implícito e explicito neste gênero de filmes. Reflito sobre o ser humano e a sua triste e habitual mania de aprisionar tudo o que é livre e estranho baseado em seus conceitos e egocentrismo;  as relações familiares; o sentimento de culpa, perda e solidão; o alcoolismo como fuga de uma realidade sofrível, e por fim a importância da família e da lealdade entre amigos. Super 8 tem tudo isso, mas torna-se interessante principalmente pela referência ( e são muitas, prestem atenção ) ao filmes de Steven Spielberg que produziu e permitiu ao diretor J.J. Abrams rodar o filme. E.T. ( praticamente no filme todo ), Contatos Imediatos do Terceiro Grau ( para quem já assistiu percebam o reflexo de luz azulada na câmera ), Jurassic Park ( a sequencia do ataque ao ônibus ), Os Goonies ( sequencia da caverna ), Guerra dos Mundos e até mesmo o sentimentalismo muitas vezes difícil de engolir de Spielberg estão presentes no filme que não só apresenta uma história que ocorre em 1979, mas como utiliza-se de todos os ingredientes para recriar um típico e agradável filme que acostumávamos a assistir ( Conta Comigo, História Sem Fim, Gremlins, Quero Ser Grande, Inimigo Meu e tantos outros ) e denominar “sessão da tarde”. Para cinéfilos como eu, analisando os planos sequências, fotografia, trilha sonora, figurino, construção de personagens, não tem como não lembrar dos grandes filmes de Steven Spielberg. J.J.Abrams sacia nossa saudade de uma época onde filmes não precisavam ser saturados de efeitos especiais e violência. A gente aguardava nos filmes com certa impaciência a aparição de algo impactante, e essa espera era mágica e única. Hoje, dificilmente vejo magia nos filmes de Hollywood ( Avatar não conseguiu em momento algum me cativar e emocionar ) e apesar de Super 8 estar inserido nesta era cinematográfica, a homenagem é positiva e até certo ponto ao meu ver crítica aos moldes do cinema de aventura dos dias de hoje. Eu diria que é o primeiro Remake de um estilo cinematográfico que não era “Arte” com “A” maiúsculo, diga-se de passagem, sabemos que era um grande negócio, muito rentável, mas que carregava consigo uma magia e uma proximidade maior com o “artesanal”. Podem me chamar de saudosista, porém quem ama o cinema sabe que há mais do que saudosismo. Super 8 de J.J. Abrams torna-se então um filme original ( é isso mesmo, original, mesmo que tudo já tenha sido feito ) e agradável para todas as gerações, mas que se aproxima e diz mais para aqueles que podem ler a homenagem e desfrutar de uma viajem no tempo.

Não deixem de assistir os créditos finais, o curta realizado em super 8 pelo grupo de amigos é apresentado na integra. Vale a pena!

Por Diego Rossi

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

NINGUÉM COMPREENDE NINGUÉM

Ter a consciência da incapacidade das pessoas de compreender umas as outras já é um começo ( e um bom e raro começo diga-se de passagem ), é como espatifar o espelho que reflete nosso equivocado sentimento de superioridade. Essa consciência nos permite enxergar pequenos detalhes ilógicos e mentirosos impregnados nas palavras encardidas de ignorância que ecoam e promovem a desumanidade nos "points" da nossa vida. Há tanta beleza para se ver na aparente feiúra; há tanta mansidão na aparente brutalidade; há tanta tristeza na aparente alegria; tanta solidão na aparente felicidade; tanta sabedoria na aparente ignorância; tanto de nós por debaixo de uma pele, enfim, há tantas coisas por trás das coisas que é preciso saber ver com o coração e amar a singularidade humana. Lembrar que se encontra lá no fundo um coração no superficial que os olhos míopes quase cegos enxergam. Existem longas estradas percorridas que ficaram para trás e que nos transformaram e nos transformarão durante as fases da vida, diferente de um robô que é programada, inicializado e reinicializado. Como podemos então julgar e condenar o outro pelo que vemos sem compreende-lo verdadeiramente? Se somos incapazes de penetrar a complexidade humana? Mas tudo toma outra posição quando temos a consciência plena dessa verdade e descobrimos a capacidade de se permitir viver o sentimento do outro, sem atitudes imponderadas e preconceituosas que só servem para segregar e nos dar a ilusão de superioridade quando é justamente o contrário, é a real inferioridade. E então? Se tens a consciência só falta cultivar a humanidade no coração.

Na aba superior " DICAS: filmes " listei alguns filmes que exemplificam a importância do referido texto.


por Diego Rossi

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Prosas Tupiniquim

UM CAUSO PARA SE TRADUZIR


Penso cá com meus botões que nos idos do tempo do zagaia esse causo sucedeu. Um mancebo, com suas madeixas loiras,pachorrento, sempre taciturno, aparência tênue, incólume de qualquer nódoa, quase uma sumidade naquele logradouro com tanto aranzel, sempre um tropel danado além das quantas, mas que afeiçoando um logradouro belicoso, era parco na balbúrdia e frugal. Pois bem, não é que o mancebo num desatino, num dia de veneta, endoidou-se e tornou-se pacóvio, insolente, pérfido, e com a feição rubicunda, num alarido admoestou um outro mancebo fleumático, mas pedante e ignóbil, que na certa jamais um pederasta, apenas um pândego, reagiu a irrupção permutando esbofeteadas as tantas. Sem engodar e para fenecimento do causo, os dois mancebos foram trincafiados num recôndito e enquanto não tergiversar um ao outro lá jazem mesmo com plissado.  

Almir Minozi




sábado, 6 de agosto de 2011

Circuito Estradaafora em Timburi

TRÊS DIAS DE MUITO CINEMA E TEATRO DE QUALIDADE EM TIMBURI

foto: Yuri Rodrigues

Com o apoio da Prefeitura Municipal de Timburi através do diretor cultural Diego Rossi, nos dias 4, 5 e 6 de agosto o Circuito Estradafora patrocinado pela Duke Energy presenteou o município com várias sessões de cinema e teatro e ainda uma oficina de Jogos Teatrais, tudo gratuito. O que é o Circuito Estradaafora? É um projeto de arte e educação com uma tecnologia itinerante criado pela ONG Teatro de Tábuas em março de 2004. Seu objetivo é democratizar o acesso à cultura e à arte, levando apresentações teatrais, exibições de filmes, palestras e oficinas a diversas localidades contando com o patrocínio e apoio de cidades e empresas que investem em arte e educação. Cerca de 150 a 200 pessoas lotaram as sessões de teatro e cinema na quinta e sexta-feira. O projeto atendeu a expectativa do público escolar que participou efetivamente de todas as sessões e espetáculos teatrais. Oferecendo filmes de qualidade e principalmente reforçando a extrema e já conhecida qualidade dos seus espetáculos teatrais na região, o Teatro de Tábuas através do Circuito Estradafora deixa evidente a importância do acesso à cultura em cidades mais distantes dos grandes centros e a certeza da continuidade do projeto em outras ocasiões.  
Agradecimentos ao Prefeito Paulinho, a toda equipe do Circuito Estradafora, aos professores das escolas municipais e estaduais, ao Marcos Ambiel e outros colaboradores.


Fotos exclusivas da peça " Trilhos Que Eu Mesmo Fiz"

foto: Yuri Rodrigues
foto: Yuri Rodrigues
foto: Yuri Rodrigues
foto: Yuri Rodrigues
foto: Yuri Rodrigues
foto: Yuri Rodrigues

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Projeto de construção de hidrelétrica no Rio Pardo

“...E Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom” Gn 1, 31

Ontem com o nosso Gestor de Meio Ambiente de Timburi Fernandinho, participamos de uma Audiência Pública sobre o Projeto de Construção de uma Usina Hidrelétrica no Rio Pardo. A empresa que está pleiteando a construção já apresentou um relatório de impacto sobre o meio ambiente e se coloca a disposição para reparar os danos. Afinal vale a pena a construção? A energia gerada vai solucionar as causas de apagões? A população atingida terá benefícios ou malefícios? Tudo isso é questionador, e fiquei pensando, refletindo....Depende do ponto de vista. Inundar uma área tão grande, matando a flora, fauna, ocupando o lugar de pessoas que ali se instalaram há anos e construíram suas vidas. Pois bem a Empresa que só pensa no lucro diz que vai reparar tudo isso. Mas será que só a parte financeira que devemos levar em consideração? Vendo do ponto de vista dos agricultores e cidadãos atingidos...como reconstruir e quanto tempo para se reconstruir a vida? Mas esquecemos de uma parte importante e que ninguém busca ouvir.....Os peixes, por exemplo, foram ouvidos? (Padre Giovanni já escreveu sobre o direito dos peixes) Aquela Capivara que passeia toda a noite com seus filhotes às margens do rio foi ouvida? A Onça que fica de tocaia em cima daquela árvore para tentar surpreender o tatu que vai sair do buraco a qualquer momento, ambos foram ouvidos? Aquele salto inundado onde passávamos horas da infância brincando, nadando, e agora não o teremos mais, aquele ipê com suas flores de cores vivas que será cortado é apenas a ponta do iceberg, temos que olhar num todo. Homem(animal racional, ou pelo menos deveria ser)-Onça(animal irracional)- Mata(vegetação) e as belezas das correntes e saltos do rio fazem parte desse todo que é muito maior daquilo que se vê. A visão deve ir além. Nossa visão é muito pequena, pois na maioria das vezes olhamos somente para nós num narcisismo sem fim. Se somos verdadeiramente a imagem e semelhança de Deus, e acredito que somos, devíamos herdar o olhar de Deus(mas pra Ele não existe tempo passado, presente e futuro e nós muitas usamos o passado pra realizar algo no presente sem pensar no futuro). Um olhar que vai além da nossa pobreza e pequenez, pois mesmo Deus vendo tudo isso acontecendo, sempre espera de nós o arrependimento e uma volta ao plano que ele nos traçou desde a criação. Será que um dia a gente abre olho? Espero que não seja tarde!

Almir

Timburi - Paraguai

Algo muy fuerte nos une
Uma simples frase, mas que diz tudo: “Algo muito forte nos une”.

 João Pedro ( a esquerda ), seu pai Almir e caçique guarani

Almir juntamente com missionários e indígenas




Semana Missionária no Paraguai

Mas na verdade, o que nos une? Será a ponte da amizade? Creio que não, pois se ela não existisse algo nos uniria da mesma forma.  Será nossa raiz guarani? Talvez, pois tanto Brasil como Paraguai antes da colonização européia viviam como um mesmo povo, nas diversas tribos espalhadas ao longo das bacias dos grandes rios. Será algo transcendente? Esta é a mais provável resposta. Saímos de Deus e para ele voltaremos isso seja na nossa cultura cristã, seja na cultura guarani, pois tanto nós como eles acreditam num ser superior que nos dá a vida para que possamos administrá-la com tudo aquilo que Deus ou Tupã nos deixou, seja a mãe terra, seja os animais, seja toda fauna e flora. Foi isso que aprendemos na visita feita aos índios guaranis de Yguazu, no Paraguai durante a nossa missão naquela terra. Um encontro de culturas, costumes, religiões, mas com ALGO MUITO FORTE QUE NOS UNE: o amor pelo Criador e o respeito por todas as suas Criaturas. E com certeza aprendemos muito mais deles, do eles de nós, pois eles vivem de maneira simples, organizada e respeitando sempre as leis da natureza, vivendo de forma harmoniosa como a mesma, pois nesses tempos onde fazem tantos congressos para se discutir sobre meio ambiente, os índios nos ensinam que o homem faz parte, está inserido no contexto, e não é um ser a parte que controla tudo de acordo com o seu querer. Agradeço a Deus de ter podido viver neste ano essa experiência missionária com minha família, pois no ano que a igreja nos convida a olhar para a Fraternidade e a vida no planeta, onde existem tantas propostas de construção de usinas hidrelétricas de pequeno, médio e grande porte, tudo pela “melhoria” de vida no planeta, nossos irmãos indígenas nos ensinam que a vida no planeta pode ser ótima, respeitando o que Deus criador nos deu para que cuidássemos enquanto aqui estivermos. Aguyje! Muito obrigado!






Meditação

foto: Valter Ziantoni

Vendo essas fotos do Valter, Engenheiro Florestal, cidadão timburiense, mas acima de tudo cidadão do mundo, pois ele cada hora está num lugar do planeta. Já morou no Estados Unidos, Romênia, Italia, Espanha, Cidade do Cabo, Africa do Sul, Butsuana, Moçambique e outros países africanos e agora está preparando as malas para ficar 40 dias no Peru. Junta o trabalho com um hobby - Fotografia - que faz de maneira profissional, retrata as histórias vividas, num click. Acho isso fantástico, pois através de uma foto desvendamos uma história. Uma dessas fotos fiquei meditando no dia de hoje e lembrei das palavras de São Paulo aos Efésios...suportai-vos uns aos outros no amor!
Junto com essa palavra juntei uma meditação de D. Ireneu sobre a Pastoral da Sobriedade, quer mais amor daquele que dá suporte a um dependente químico? Digo isso pois temos caso na família e sofrem todos.Ou a gente se desespera ou vive no amor tudo. Melhor ficar com a segunda opção, mas nem sempre é fácil, pois o julgamento sempre vem antes do que o amor. Peçamos a Deus a força necessária para enfrentar e vencer tudo com amor!

Almir

Se não tivermos humildade, paciência e amor não conseguiremos chegar a lugar nenhum. Isso com pessoas sem problemas nenhum, quanto mais com pessoas com dependentes químicos. O primeiro convite de um membro da pastoral da sobriedade é a conversão. Precisamos ser discípulos de Jesus. Precisamos assimilar a humildade, pois ninguém vai lavar o pé do outro sem humildade. Ninguém vai cuidar de um dependente químico sem humildade.

São Francisco beijou um leproso e até hoje o mundo inteiro lembra esse fato. Parece algo extraordinário, mas é algo que deveria ser comum na vida do cristão. Há uma inversão de valores, o que era para ser ordinário, se torna extraordinário.

É preciso ser humilde não só com palavras, mas com a vida. Jesus nos deu exemplo de humildade com a sua vida. Desde seu nascimento até a sua vida pública, a sua vida foi uma demonstração de humildade. Nós precisamos reconhecer que tudo o que recebemos e que temos são dons que o Senhor nos deu. Sem páfia, sem orgulho. Um orgulhoso jamais vai fazer parte da pastoral da sobriedade.

Deus não é o objeto do seu amor, mas é o motor do seu amor. Peça a Ele o amor necessário para que você tenha um coração humilde. Não temos um Espírito Santo de "segunda categoria", mas o mesmo Espírito que possuiu Jesus.

Nós estamos aqui não só para instruir, mas para orar pelas mães que assim como Nossa Senhora, estão vendo seus filhos na cruz. Nossa Senhora da Piedade, rogai por nós!

D. Irineu – Bispo de Lins



quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Artesanato Giani Bertusso


A PROFESSORA E ARTESÃ TIMBURIENSE GIANI BERTUSSO 
REALIZA ARTESANATOS ENCANTADORES E ORIGINAIS

 Lembranças da Barbie em EVA

Castelo da Barbie em EVA


 Caderno para felicitações


 Família South Parks


Colhedores de café de EVA



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Textos e Poesias de Diego Rossi



ERROS INÉDITOS

Como são belos os erros inéditos
Tão humanos... Incontestavelmente humanos
Como são tolos os erros repetitivos
Tão sofridos... Tão desgastantes
Como são medíocres aqueles que não admitem
Quer-se o menor dos erros.



Diego Rossi




NÃO HÁ NADA DE ERRADO COM O PODER. HÁ?

Não há nada de errado com o poder, o problema está na maioria que o detém, pois são raros os que o exercem com sabedoria. E que dupla maravilhosa essa “ poder e sabedoria”! Quando caminhamos juntos com essa dupla, coisas lindas acontecem, tudo nos leva a um caminho mais próximo da felicidade mutua, pois felicidade gera felicidade. Homens felizes e valorizados amam mais facilmente, homens insatisfeitos e injustiçados tendem a desconhecer esse valor. Lao Tsé certa vez deixou escrito: “O sábio não se exibe e vejam como é notado. Renuncia a si mesmo e jamais é esquecido. A perfeição do que dá ordens é ser pacífico; do que combate, carecer de cólera; do que quer vencer, não lutar; do que se serve dos homens, pôr-se por embaixo deles – e lembra - Para comandar os homens, marcha atrás deles. “ Gostaria de caminhar com essa dupla.

Diego Rossi




SOBRE A MINHA POESIA

Sinto sincera mente que tudo que escrevo esta inacabado; então prefiro dizer que minhas poesias estão vivas e crescendo bem alimentadas de tudo que vejo. Poesia que escrevo, é poesia viva, é poesia mutável, que na acidez de cada palavra exprime a beleza adormecida à espera da hora de tudo mudar; e tudo pode mudar e deve mudar; e como um exército de gritos que ensurdecem os mais sensíveis leitores, eu destroço e abraço o mundo com muito amor. Não sigo padrões a todo instante; minhas poesias possuem fissuras, desafiam você leitor que pode apenas senti-la, como na música, ou penetrá-la, decifra-la, mergulhar no imo de cada uma delas. Não faço versos e estrofes perfeitas; nem sempre são rimadas, padronizadas e harmônicas; poesia que faço pode nem ser poesia, talvez seja qualquer outra coisa, menos poesia.


ILUMINAR

vai nascer um sol
só pra mim
vou deixar de ser só

vou transpassar a luz
sobre a sombra que te cobre
vou iluminar assim

adeus noite sem estrelas
açoite que me castiga
até nunca ver

vai nascer um sol
vai nascer outro de mim
outro mais sol
outro mais luz
outro mais sentido
outro que me seduz a ver o outro


Diego Rossi

ALMAS FLORIDAS


Planto flores em mim
Só pra você

Adoço meu coração
Só pra você

Doce Jasmim
Doce jardim
Nossa morada

Na terra encharcada de amor
Planto flores em você
Em tua alma
Minha amada

Diego Rossi


POESIA PRA MIM

Poesia
é criar asas
é voar nas graças das palavras, versos, estrofes
é remediar a azia do mundo
é gritar com mansidão
é harmonizar
é som
é dom
é outro olhar
é expor A L M A  e  C O R A Ç Ã O pra quem faz uso
é o abstrato concreto
é compreensão elevada
é flor que nasce da pedra
é o invisível que baila no ar
poesia é tudo aquilo que os olhos não vêm
mas que o espírito inquietante sente
poesia é vida viva.

Diego Rossi

NADA ALÉM DE UM SER HUMANO

Ai que saudade daquele amigo do coração
Mimado e bem-humorado
Batia no peito ao dizer que era meu amigo
Me chamava de irmão

Educado e gentil
Provia de bom coração

Era curador
Entendia de arte como ninguém
Convencido que chegava a ser arrogante

Vaidoso, elegante e falante
Eu detestava...aprendia...escutava...
E valia a pena, ensinava e dizia coisas bonitas

E quantas manias!
Chegava a ser irritante

Homem competente e infante
Era honesto mas fraco
Era gago quando nervoso

Injustiça o deixava perplexo

“ Você não precisa gostar de todas as atitudes de uma pessoa
Mas precisa aprender a ver o todo
Precisa aprender a amá-las”
Era o que vivia a me dizer
E apenas hoje é que começo a entender
                  
Ai que saudade de você
Que saudade desse Ser Humano

 Diego Rossi